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Facebook

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O Facebook

Parece divertida e inocente, até. Mas há quem lhe chame a terceira nação do planeta, pois apenas é suplantado em número de habitantes pela China e a Índia. Foi criada em 2004 por um génio da informática de 19 anos, que lançou uma espécie de livro do ano electrónico, com cerca de 100 alunos, no sítio internet da universidade. A simplicidade de utilização, a possibilidade de inserir mensagens e vídeos , constituir listas de amigos e criar grupos de interesse entre membros garantiu-lhe um sucesso imediato. A rede estendeu-se ao selecto clube das universidades da Ivy League, e posteriormente a todos os campus universitários norte- americanos. Em 2006, foi alargada a todos os internautas do mundo. Outra razão do sucesso do facebook é a lei económica que regula a internet: o efeito de bola de neve. O sítio prospera graças a uma dinâmica de autossustenção.

É hoje uma poderosa arma de marketing que as empresas ainda estão a aprender a dominar.

O facebook, a maior rede social da internet, é um colosso ao qual confluem ideias, tendências, opiniões, políticos, empresas, e produtos de todo o mundo. E ninguém quer ficar de fora, pois o seu poder não tem fronteiras. Tem 557 milhões de utilizadores no mundo, absorve 20% do total do mercado publicitário em linha, e prevê atingir lucros de mil milhões de euros nos EUA, ainda neste ano.

As redes sociais permitem às grandes corporações “lerem” a mente dos consumidores em tempo real. Quando lançam um novo serviço, podem receber o feed-back dos clientes quase em tempo real, através das reacções que vão surgindo nas redes. O que permite não só melhorar os produtos como também aumentar o grau de satisfação dos clientes. As empresas falam directamente com os seus clientes e estes contactam directamente com as suas marcas. Os clientes satisfeitos funcionam quase como agentes da marca, pois vão recomendá-la a outros.

Mas não são apenas as empresas que conseguem tirar dividendos das redes sociais. Os consumidores também já se aperceberam de que têm à disposição uma arma muito forte para fazerem valer os seus direitos. Antes, um cliente queixoso, insatisfeito com uma marca, não conseguiria espalhar a mensagem para além do seu círculo de amigos e familiares. Hoje, é tudo diferente, e as vozes ganham uma amplitude global em escassos segundos, recorrendo a ferramentas como o site de vídeos Youtube, o site de micro- blogging Twitter e, claro, o facebook e outros espaços semelhantes.

É a razão pela qual cada vez mais empresas criam equipas para monitorizar tudo quanto anda pelas redes sociais. Desta forma podem antecipar-se a eventuais movimentos de contestação ou mesmo virá-la a seu favor.

Se um cliente insatisfeito for detectado atempadamente, a empresa tem possibilidade de corrigir a situação, transformando o cliente insatisfeito numa importante bandeira publicitária, pois agradavelmente surpreendido pela rapidez da intervenção, transmitirá a informação aos seus amigos nas redes sociais, gerando um efeito de cascata.

Uns dois meses depois de se ter tornado primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron quis obter algumas dicas para saber como era ser responsável por e ter de prestar contas a muitos milhões de pessoas: pessoas a quem, na maioria dos casos, nunca viria a apertar a mão, mas que esperavam dele alguma coisa.

Cameron não consultou nenhum dos chefes do Governo: consultou Mark Zuckenberg, o fundador e patrão da bem sucedida rede social facebook. Os dois homens trocaram ideias sobre as formas de as redes ajudarem os governos. Estaremos apenas perante um líder político em busca de uma ajudinha do sector privado- ou ter-se-á tratado de qualquer coisa mais semelhante a diplomacia, de uma comparação de notas entre dois senhores de grandes nações?

Em vários sentidos poderá parecer absurdo chamar Estado ao Facebook, e Governador ao sr. Zuckenberg. Este Estado não tem terra para defender, nem política para impor a lei e a ordem, não tem súbditos, ligados por um núcleo claro de direitos, obrigações e expressões culturais. Comparada com a qualidade de cidadão de um país, a qualidade de membro é fácil de obter e de renegar. Além disso, nem o patrão nem os executivos do facebook dependem directamente do “sim” de um “eleitorado”. Tecnicamente, as pessoas a quem eles têm de prestar contas são apenas accionistas.

No entanto, muitos observadores da rede detectam no facebook características semelhantes às de um país. É um dispositivo que permite às pessoas juntarem-se e controlarem o seu próprio destino, à maneira de um Estado- Nação.

Há séculos, as pessoas admiravam reis ou bispos. Mas numa era de alfabetização em massa e de publicação em línguas vernáculas, os laços horizontais são mais importantes.

Por isso, se os jornais e os livros em edições populares e mal cuidadas são capazes de criar novas unidades sociais e políticas, pelas quais há pessoas que lutam e morrem, talvez as mais recentes formas de comunicação possam fazer o mesmo.

Há alguns anos, falar das comunidades em linha evocava jogos fantásticos entre pequenos grupos de viciados da informática. Mas, à medida que a tecnologia ia tornando possíveis vastas arenas virtuais como o second life, crescia também a área da sobreposição entre ciberespaço e existência humana real.

Do ponto de vista dos internautas, o Facebook pode parecer um pouco como uma sociedade organizada liberal. E quanto à gestão? Será o facebook um espaço que requer governação, tal como um país? Há quem ache que sim, considerando que dentro do espírito da política liberal, cabe aos gestores do facebook criar um espaço no qual cidadão e empresas se sintam à vontade para investir o seu tempo e o seu dinheiro na criação de coisas.

O Facebook tenta controlar o desenvolvimento da sua economia em linha, quase do mesmo modo que, no mundo real, os governos procuram influenciar a actividade económica, através da política orçamental e monetária. No início do ano passado, a empresa tentou impor a sua moeda virtual aos utilizadores, para, supostamente lhes facilitar a vida.

Tal como qualquer elite no poder, o facebook pede parecer aos seus membros sobre questões de governação. Permite que os utilizadores votem as alterações propostas aos seus termos de serviço, e mantém fóruns em linha para pedir opiniões sobre futuras políticas. E como qualquer político bem intencionado, o Facebook comete erros estúpidos: no começo do ano passado, os seus membros ficaram furiosos com as alterações da política de confidencialidade que tornaram públicas algumas informações anteriormente privadas.

Por enquanto, os governos reais ainda dispõem de alguns trunfos: podem, pura e simplesmente desligar o serviço. O facebook está bloqueado na China, e em maio foi temporariamente cortado no Paquistão, ao abrigo de uma decisão judicial que anunciava um concurso de desenho que tinha por tema o profeta Maomé. Talvez o Facebook seja menos uma nação e mais um gigantesco movimento transnacional- comparável à Cruz Vermelha ou A Igreja Católica- que tem uma finalidade abrangente e pode dialogar com os governantes em pé de igualdade.

Texto baseado nos artigos de Paulo M. Santos e João Paulo Vieira, in Visão, e O Futuro é Outro País, in Courrier International

Vocabulário:

Inocente: безвредный súbdito: подчиненный

Suplantar: вытеснить núcleo: основа

Colosso: гигант obrigação: обязанность

Confluir: соединяться obter: получать

Absorver: захватывать renegar: отвергать

Lucro: прибыль executivo: руководство

Mente: ум eleitorado:избиратели

Recomendar: советовать dispositivo: механизм

Dividendos: прибыли bispo:епископ

Queixoso: жалующийся era: эра

Espalhar: распространять vernáculo: местный

Círculo: круг laço: связь

Amplitude: простор recente: недавний

Escasso: скудный evocar: вызывать

Recorrer: прибегнуть к чему- л viciado: зависимый

Ferramenta: инструмент vasto: широкий

Monitorizar: контролировать arena: арена

Antecipar-se: опережать sobreposição: наложение

Eventual: возможный gestão: управление

Contestação: спор requerer: нуждаться

Detectar: найти, замечать orçamental: бюджетный

Atempadamente: вовремя supostamente: предполагаемо

Gerar:возникать furioso: яростный

Cascata: каскад confidencialidade: секретность

Dica: новая информация dispor: располагать

Impor: накладывать trunfo: шишка

Desenho: рисунок profeta: пророк

Abrangente: охватывающий inserir: включить

internauta: интернет использователь

sustentação: питание, поддержка selecto:избранный

prosperar:процветать rede: сет

marca: брэнд colosso: гигант

Expressões:

Fazer valer: отстаивать

Bem sucedido: успешный

No entanto: однако

Mal cuidado: некачественный

À medida que: по мере того как

Pedir parecer: просить одобрение

Bem intencionado: благонамеренный

Ao abrigo de: в рамках чего- либо

Em pé de igualdade: на ровне

Para além de: кроме того

Gramática:

Observe o uso do modo conjuntivo nas frases seguintes:

“Há quem ache que sim”

“Há quem lhe chame nação [...]

“Talvez as mais recente formas de comunicação possam fazer o mesmo”

“Cabe aos gestores criar um espaço no qual cidadão e empresas se sintam à vontade.”

“Permite que os utilizadores votem as alterações propostas”

“Talvez seja menos uma nação”

Preencha os espaços com as palavras ou expressões do texto:

Recomendar; escasso; cabe; círculo; contestação; pedir parecer; confidencialidade; colosso; absorver; suplantar; fazer valer, inserir; dividendos; renegar; dispositivo; recente; viciado; súbdito; dica; atempadamente; selecto; monitorizar; trunfo;; internauta; era; dispor; gestão; eleitorado; executivo; em pé de igualdade; bem sucedido; detectar;

Os grandes _____________ da Rússia em relação à União Europeia são o petróleo e o gás;

Os ____________ movimentos de ______________ no Egito estão a prejudicar o turismo; os administradores das redes sociais violam por vezes as leis de ____________ dos ______________; o i-pad é um ____________ electrónico que permite descarregar e ler livros; vivemos na __________ digital; a polícia _____________ a existência de redes de traficantes de droga; os maus resultados da empresa devem-se a uma má _____________ por parte dos _____________; passa 12 horas por dia em frente ao computador, é ___________ em informática; em democracia os cidadãos _________________ os seus direitos; o ______________ não irá apoiar um novo mandato do presidente; _____________ às empresas de estatísticas ______________ os dados das redes sociais; Vou _____________ o meu perfil no vkontakte, porque estou farto de receber publicidade; os _____________ do Facebook quase ______________ os do motor de busca Google;

Um amigo deu-me uma ____________ para ver filmes sem pagar; no facebook, não há hierarquia, estão todos ________________; o facebook _______________ uma grande parte do mercado das redes sociais; ______________ vivamente o último álbum de Filip Kirkorov; as doenças podem ser curadas quando são detectadas _______________; Roman Abramovitch é um _______________ homem de negócios; cada utilizador ______________de três tentativas para _____________ o seu código de telemóvel; a Gazprom é o ___________ russo do mercado energético; os ______________obedecem às ordens dos seus superiores hierárquicos; já só temos quinze minutos para fazer os exercícios, o tempo já é _____________; para aplicar sanções ou intervir militarmente, os Estados Unidos precisam de _________________ dos outros países membros.

Compreensão e expressão oral:

1. Сomo nasceu o Facebook?

2.Porque é que a rede social facebook é considerada a terceira nação do planeta?

3. Enumere algumas das razões do seu sucesso.

4. Porque é que o facebook é uma ferramenta importante para as empresas? Justifique.

5. Qual é a importância do facebook para os consumidores?

6. Explique o significado do encontro do Primeiro- Ministro com o administrador do facebook.

7. Quais são as similitudes e diferenças dе funcionamento de uma nação e da rede facebok.

8. Acha que o facebook é um fenómeno comparável com a Cruz Vermelha ou a Igreja católica? Justifique.

9. Quais são os perigos da utilização do Facebook?

10. Fale na sua experiência de uso das redes sociais.

11. Acha que as redes sociais podem contribuir para o desenvolvimento da democracia no mundo? (justifique, com casos da actualidade)

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