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Televisão (Titãs)
A televisão me deixou burro, muito burro demais Agora todas coisas que eu penso me parecem iguais O sorvete me deixou gripado pelo resto da vida E agora toda noite quando deito é boa noite, querida. Ô cride, fala pra mãe Que eu nunca li num livro que um espirro fosse um virus sem cura Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura! Ô cride, fala pra mãe! A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas eu nao faço nada A luz do sol me incomoda, entao deixa a cortina fechada É que a televisão me deixou burro, muito burro demais E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais Ô cride, fala pra mãe Que tudo que a antena captar meu coração captura Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura! Ô cride, fala pra mãe! A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas eu nao faço nada A luz do sol me incomoda, entao deixa a cortina fechada É que a televisão me deixou burro, muito burro demais E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais Ô cride, fala pra mãe Que tudo que a antena captar meu coração captura Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura!
- Experimento 1: descrever, criando um espaço do VAZIO.
Durante a viagem que fizemos na tentativa de descrever o vazio em uma cena, eu e João, um dos meus companheiros de viagem, pensamos em retratar uma mesa de jantar com utensílios vazios em cima e uma família sentada ao redor dela. Cada componente da família estaria segurando um celular e as imagens das conversas feitas por meio do aparelho seriam projetadas nas paredes do cenário, juntamente com os sons das mensagens instantâneas recebidas. Procuramos, assim, retratar o vazio cada vez mais presente nas relações interpessoais mediadas pela tecnologia.
- Experimento 2: Em um espaço, contar uma história a partir do lugar.
Naquele banco
Lá estava ela, parada, sentada no banco da pracinha da universidade, tão linda, tão minha. Eu sabia que ao me aproximar, uma onda de dor me atacaria pelo simples fato de eu não poder chegar nela. De não poder sorrir pra ela. Pensei em só passar na sua frente. Mas ainda assim fui, aproximei-me e como dito, eu não poderia nem ao menos sorrir, para não mostrar nos meus olhos a angustia de não tê-la ao meu lado. Eu me aproximei:
- Oi - Disse ela.
- Oi – Respondi.
- Senta aqui, preciso falar com você.
E eu, sem dizer uma palavra me sentei.
- O que aconteceu? Porque tá sendo assim comigo?
Uma gota de lágrima desceu dos meus olhos. Eu fiquei tonto, era como se eu tivesse ouvido a lágrima cair no chão. Virei de costas pra ele, para secar minhas lágrimas e respondi:
- É que eu... te amo tanto, que não teria forças suficientes pra suportar a dor de olhar pra ti, e ver que é só um sonho.
E no momento em que me virei para ver a sua resposta. Percebi que já era tarde. Ela já tinha sentido, já tinha visto, com uma lágrima ela percebeu o que eu sentia. E me deixou ali, sentindo a leve brisa do vento em meu rosto. Eu quis morrer, como um romântico que sou, não havia mais sentido viver em um mundo onde o seu amor não fosse a força pra me levantar e seguir em frente.
Eu sempre me lembro quando passo por aquela praça, e olho para aquele banco, debaixo daquela arvore.
Quase sinto o cheiro do açaí na minha boca e então me lembro do sorriso dela, e da explicita vontade de beijar-lhe ali mesmo...naquele banco...naquele mesmo banco.
